sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A nossa sala de vídeo


O uso da tecnologia está cada vez mais presente em nossas unidades escolares. Quando se trata de Educação Infantil, percebemos mais claramente o uso da televisão e dos filmes em DVDs, principalmente de desenhos animados.
Se pensarmos que a jornada das crianças dos Centros de Educação Infantil do Município de São Paulo é de dez horas, não é de se estranhar que os pequenos participem de algumas atividades comuns ao cotidiano de qualquer criança, e assitir TV é uma delas.
A fim de organizar este tipo de atividade no CEI, montamos um cantinho para atender esta necessidade das crianças: a sala de vídeo. Localizada no prédio anexo, foi colocado sofás, tapete, almofadas e uma bela televisão. Além disso, a sala possui um ventilador (para garantir um ambiente fresco e arejado) e persianas bloqueadoras, pois um belo filme precisa ser visto com as condições de luz necessárias. Neste caso, pouca luz.
As turmas se revezam no uso deste espaço, sendo que cada turma tem um horário pré-determinado por semana para usufruir desta atividade.

Contudo, os educadores da infância devem tomar cuidado com este tipo de aparato, visto que o uso indiscriminado da TV precisa ser evitado, pois há muitas outras atividades educativas importantes no CEI, cujo valor não pode ser substituído pela televisão.
A seguir, a opinião de José Manuel Moran, especialista em mudanças na educação presencial e a distância, sobre o uso do vídeo em sala de aula. Apesar de estar direcionado a alunos do Ensino Fundamental, os princípios para a Educação Infantil são os mesmos: há que se cuidar para que o vídeo seja usado em contexto significativo, primando pela qualidade do material e sua pertinência ao contexto educativo.


USOS INADEQUADOS EM AULA
Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa -na cabeça do aluno- a não ter aula.
Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.
Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.
Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri-los,junto com os alunos, e questioná-los.
Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes.

 

PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO
Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO
É, do meu ponto de vista, ouso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.
Vídeo como ILUSTRAÇÃO
O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos. Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos na época de Julio César ou Nero, mesmo que não seja totalmente fiel, ajuda a situar os alunos no tempo histórico. Um vídeo traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos, como por exemplo a Amazônia ou a África. A vida se aproxima da escola através do vídeo.
Vídeo como SIMULAÇÃO
É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore -da semente até a maturidade- em poucos segundos
Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO
Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.
Vídeo como PRODUÇÃO
- Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. O professor estará atento para gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.

- Como intervenção: interferir, modificar um determinado programa, um material audiovisual, acrescentanto uma nova trilha sonora ou editando o material de forma compacta ou introduzindo novas cenas com novos significados. O professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais próximos do aluno.

- Vídeo como expressão, como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade, levá-la junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los.
Vídeo como AVALIAÇÃO
Dos alunos, do professor, do processo.
Vídeo ESPELHO
Vejo-me na tela para poder compreender-me, para descobrir meu corpo, meus gestos, meus cacoetes. Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista participativo, para incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais espaço aos colegas.
O vídeo-espelho é de grande utilidade para o professor se ver, examinar sua comunicação com os alunos, suas qualidades e defeitos.
Vídeo como INTEGRAÇÃO/SUPORTE
De outras mídias.
- Vídeo como suporte da televisão e do cinema. Gravar em vídeo programas.
importantes da televisão para utilização em aula. Alugar ou comprar filmes de longa metragem, documentários para ampliar o conhecimento de cinema, iniciar os alunos na linguagem audiovisual.
- Vídeo interagindo com outras mídias como o computador, o CD-ROM,  com os videogames, com a Internet.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nossa equipe de ATE'S (Auxiliares Técnicos Educacionais)

Antônio, Cida, Nice e Cleuci

Sabe aquelas horas de correria e aperto pelas quais todas as unidades de Educação Infantil passa diariamente? Sim, o que seriam desses momentos sem uma equipe maravilhosa de auxiliares? Aqui no CEI Parque Santa Rita podemos contar com uma equipe de auxiliares técnicos excelente, super responsável, competente, e, acima de tudo, com um enorme compromisso para com a qualidade da educação oferecida às nossas crianças. Estão sempre prontos para ajudar, atuam de forma responsável e séria, sem perder o bom humor e o carinho com todas as pessoas. Sejam crianças, pais, professores, gestores, essas quatro pessoas sempre nos atendem com um sorriso no rosto e nunca te deixam na mão, fazendo tudo com muito capricho e carinho. Obrigada a vocês quatro, por serem tão especiais e por fazerem parte desta história bonita que estamos construindo juntos, que é a Educação Infantil paulistana. À vocês, nossa singela homenagem:



Equipe do CEI Parque Santa Rita

Obs.: Querida equipe, não fique com ciúmes, em breve haverá homenagens a todos vocês... 


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nossa Mostra Cultural foi um sucesso

No último dia 07 de outubro realizamos uma Mostra Cultural na unidade, para divulgarmos e valorizarmos as produções plásticas das crianças, bem como todo o trabalho desenvolvido pelos educadores durante o ano. Para compor a exposição selecionamos fotografias de atividades das crianças, desenhos, pinturas, esculturas produzidas pelos pequenos, bem como trabalhos realizados pelos próprios professores nos últimos meses.



Ficamos muito contentes com o resultado, e vimos que com muito esforço e dedicação somos capazes de realizar muitas coisas maravilhosas com e para as crianças, porque acreditar que elas são o foco do nosso trabalho e merecem tudo de melhor que podemos oferecer é princípio do nosso fazer pedagógico. Parabéns a toda equipe por tanto esforço e também às crianças por nos permitir aprender tantas coisas importantes.


A idéia da Mostra Cultural surgiu porque acreditamos que a arte na Educação infantil tem papel fundamental na construção de um indivíduo crítico, fornecendo-lhe experiências que o ajude a refletir, desenvolver valores, sentimentos, emoções e uma visão questionadora do mundo que o cerca. Desta forma, acreditamos que as experiências expressivas devem acontecer com regularidade e de maneira significativa na jornada da criança no CEI, pois acreditamos que ao ter contato com diferentes manifestações expressivas, a criança pode dar significado a cultura da qual é herdeira e também produzir cultura e transformar-se num ser repleto de possibilidades.

"a criança enquanto desenha canta, dança, conta histórias, teatraliza, imagina, ou até silencia... O ato de desenhar impulsiona outras manifestações, que acontecem juntas, numa unidade indissolúvel, possibilitando uma grande caminhada pelo quintal do imaginário".
Edith Derdyk

Para ver um pouquinho mais da Mostra Cultural realizada aqui no nosso CEI, clique no vídeo abaixo:








sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um berçário repleto de experiências

O que faz um bebê durante sua jornada diária no CEI? Esta é uma questão que comumente ouvimos de pessoas conhecidas e também de familiares das crianças matriculadas. Durante muito tempo o objetivo da creche foi de "guardar" as crianças e cuidar das necessidades físicas dos pequenos: alimentação, banho, sono... Ficávamos contentes em cuidar da integridade física e entregar as crianças sãs e salvas às famílias no final do período. Hoje, depois de muitos estudos na área de educação infantil e de muitas transformações nas concepções do que seja infância e de como a criança aprende, temos a clara certeza de que desde os primeiros meses as crianças podem e devem participar de situações desafiadoras de aprendizagem e explorar todas as possibilidades cognitivas e corporais que possamos planejar, passando por diversas experiências: brincar, imaginar, criar, expressar, conviver, interagir, raciocinar, levantar hipóteses, cuidar de si e do ambiente, pensar sobre o mundo.
Nesse sentido, buscamos integrar duas ações inseparáveis no CEI: educar e cuidar dos pequenos. Visamos ao bem-estar das crianças, e isso envolve também explorar todas as capacidades infantis, primando pelo desenvolvimento integral da criança. E esse desenvolvimento passa necessariamente por dar aos pequenos oportunidades de avançar em suas hipóteses sobre o mundo, de crescer estabelecendo relações saudáveis com o ambiente e com outras pessoas, de pensar e integrar-se à cultura da sociedade na qual está inserido.

"O que as pesquisas que vêm sendo realizadas sobre o desenvolvimento humano
têm apontado é que a criança é um sujeito competente, ativo e agente de seu
desenvolvimento. Nas interações com parceiros de seu meio, em atividades socioculturais
concretas, as crianças mobilizam seus saberes e suas funções psicológicas (afetivas, cognitivas, motoras, lingüísticas),
ao mesmo tempo em que os modificam.
Daí a importância das crianças terem amplas oportunidades de trocar experiências
e conhecimentos com outras crianças, seu professor e com os educadores da
instituição, com quem passam a maior parte do tempo e que lhes propiciam a realização de atividades em que elas reorganizam o que existe e criam novos significados."
(Orientações Curriculares - Educação Infantil - SME - página 19)

Desta forma, a rotina do berçário deve ser rica em experiências desafiadoras, para atendermos ao preceito de que a criança é protagonista da própria aprendizagem, mesmo antes de perceber-se como indivíduo. Abaixo algumas situações cotidianas das crianças do nosso Berçário II.
































 

Experiências com a natureza - nossa querida amoreira

Na área externa do nosso CEI há uma grande amoreira que dá frutos todos os anos. Porém, neste ano esta árvore frutífera está carregada de amoras bem madurinhas só esperando que alguém as colha. Desta forma, algumas educadoras levaram as crianças para viver esta rica experiência de contato com a natureza, que é colher frutos e comer do pé ali mesmo, experimentando o sabor natural desta frutinha tão saborosa. Foi muito divertido e despertou nas crianças a curiosidade, a observação e a experiência de aprender um pouquinho mais sobre o funcionamento e a importância da natureza. Parabéns professoras!!!!

 Trabalho em equipe!


















 Até o Cássio, o agente escolar mais agitado do mundo, ajudou na tarefa!